segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Da série Dificil de Acreditar: Mulher enxerga com dente implantado no olho

Cega há nove anos, americana volta a enxergar após procedimento raro que implantou dente da própria paciente em seu olho.
Sharron “Kay” Thornton, de 60 anos, recobrou a visão graças a um procedimento realizado pelo instituto Bascom Palmer Eye, da Universidade de Miami. Pela primeira vez nos Estados Unidos, médicos fizeram a chamada MOOKP, sigla para “modified osteo-odonto-keratoprosthesis”, ou osteo odonto queratoprotesis modificada.
O nome é quase tão complicado quanto o procedimento em si. Para voltar a ver, Sharron, que é moradora da cidade de Smithdale, no Mississipi, teve que passar por uma série de cirurgias para implantar um dente (no caso, o canino) em seu olho, como base para sustentar uma lente protética.
O primeiro passo do procedimento é retirar o dente e o osso ao seu redor da mandíbula do paciente. Eles são cortados e esculpidos, e os médicos fazem um buraco no meio de sua estrutura para a inserção de uma lente cilíndrica. Depois, para fazer do dente e da lente uma unidade biointegrada, a peça é colocada sob a pele do paciente, na bochecha ou no ombro.
Enquanto isso, o oftalmologista prepara a superfície do olho para o implante da prótese, removendo o tecido machucado ao redor da córnea afetada. Cerca de um mês depois, mucosa é coletada de dentro da bochecha do paciente e usada para cobrir e reabilitar a superfície do olho danificado. Na fase final, cerca de dois meses depois, a prótese é removida da pele e implantada no olho.
Para isso, o médico faz um buraco na mucosa para que a lente possa passar por ela. Levemente saltada do olho, ela permite que a luz volte a entrar, fazendo com que o paciente enxergue de novo.
No dia 7 de setembro, feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, as bandagens de Sharron foram retiradas. Ela ficou cega em 2000 pela síndrome de Stevens-Johnson, uma condição rara que destrói as células da superfície do olho causando danos severos à córnea.
Depois de quase uma década sem enxergar, ela pôde reconhecer rostos e ver, pela primeira vez, seus sete netos mais novos. Duas semanas depois, ela já estava lendo jornal com uma visão de 20/70 – número que deve melhorar conforme a cirurgia cicatriza.

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